segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não é raro que nos deparamos nas gôndolas dos supermercados com produtos Diet e Light. Entre eles, por exemplo, estão diversos sucos, iogurtes, chocolates, geléias, embutidos e congelados. Normalmente pensamos que os produtos Diet são destinados aos diabéticos e que os produtos Light possuem redução calórica. Em parte esse pensamento não está todo errado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), normatiza os termos Diet e Light da seguinte maneira:
 alimentos DIET ou melhor dizendo DIEToterápicos, são destinados a pessoas que precisam de dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio) ou para dietas com ingestão controlada de alimentos (para controle de peso ou de açúcares). 
 alimentos LIGHT são os que apresentam uma redução mínima de 25% em determinado nutriente, ou calorias, comparado com o alimento convencional. 

Assim, os alimentos Diet não são somente destinados a pacientes diabéticos, mas também, aos hipertensos, renais crônicos, hipercolesterolemia (quantidades de colesterol acima do normal no sangue), celíacos (intolerância ao glúten), fenilcetonúricos (intolerância ao aminoácido fenilalanina), possuindo diferentes restrições relacionadas a cada tipo de patologia. 

É importante que fique claro que nem todos os alimentos Diet apresentam diminuição significativa na quantidade de calorias e, portanto, devem ser evitados pelas pessoas que querem emagrecer. Um exemplo clássico é o chocolate Diet que apresenta valor calórico próximo do chocolate normal, já que o mesmo é acrescido de gordura. Mas, com a retirada de um nutriente, o alimento pode vir a apresentar uma diminuição de calorias, nesse caso, é preciso verificar se a redução justifica a substituição do alimento convencional pelo Diet. Para que ocorra a redução de calorias é necessário que haja a diminuição no teor de algum nutriente energético (carboidrato, gordura e proteína).  
O alimento Light não é, necessariamente, indicado para pessoas que apresentem algum tipo de doença (diabetes, colesterol elevado, celíacos, fenilcetonúricos), por apresentar redução de 25% e não isenção dos nutrientes já mencionados. Se, o alimento light apresentar eliminação do nutriente, por exemplo, açúcar (refrigerante zero), poderá ser consumido pelos diabéticos. Normalmente há uma redução calórica nos alimentos light e o segredo para usar esses alimentos menos calóricos é optar por uma pequena porção e jamais aumentar a quantidade. Não se pode comer o dobro de um macarrão só porque ele é light.
                Dessa maneira, fique atento na próxima vez que for escolher os alimentos nas gôndolas dos supermercados. Leia os rótulos dos produtos Light e Diet e compare-os com os alimentos convencionais. É importante verificar se eles atendem as suas necessidades, pois esses alimentos são mais caros. Vale lembrar para as pessoas que estão em dieta de emagrecimento, ou que tenham alguma das patologias citadas, o acompanhamento de um profissional Nutricionista pode ser uma opção.
Texto: Bruno Henrique de Negreiros Costa (Nutricionista e proprietário do Açaí & Café)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um terço da comida que você come contém agrotóxicos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um relatório que aponta a alta presença de agrotóxicos nos alimentos consumidos no Brasil. Das 3.130 amostras de 20 alimentos (frutas, verduras, legumes e grãos) analisados durante o ano de 2009, 29% apresentaram algum tipo de irregularidade, como resíduos de agrotóxicos acima do permitido e ingredientes ativos não autorizados.

Os Campeões


 

o pimentão foi o primeiro da lista das irregularidades - 80% das amostras analisadas mostraram algum problema.
  


 A Uva com 56,4% das amostras irregulares foi a segunda colocada.
  
Sendo o pepino com 54,8% das amostras contaminadas por venenos diversos o terceiro colocado. O morango (50,8%) vêm a seguir. Já as batatas você pode comer tranquilo: só 1,2% das amostras analisadas apresentaram irregularidades.


O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da Anvisa monitorou 20 culturas em 26 estados. Das amostras coletadas em 2009, 26,9% foram rastreadas até o produtor ou associação de produtores, 5,2% até o embalador, 64,9% até o distribuidor, e apenas 3% não foram rastreadas.
Vale Lembrar
A Anvisa reconhece que agrotóxicos que apresentam alto risco para a saúde da população são utilizados no Brasil sem levar em consideração a existência ou não de autorização do governo.
O PIOR
Em 15 das vinte culturas analisadas foram encontrados ingredientes ativos em processo de reavaliação toxicológica junto à Anvisa, principalmente no pimentão e no pepino, contaminados com endossulfan (LINK: http://amarnatureza.org.br/site/agrotoxico-endossulfam-sera-proibido-no-pais-so-em-2013,64386/ ). A Anvisa também encontrou cebolas e cenouras contaminados com acefato, e metamidofós em pimentões, tomates e alface. Essas três substâncias são proibidas em vários países por terem elevado grau de toxicidade aguda comprovada e causarem problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer.
Aos consumidores, a Anvisa orienta que se procure produtos com origem identificada. Escolher produtos "da época" também é fundamental, assim como processo de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras. O ideal seria a opção por alimentos orgânicos, que não utilizam produtos químicos para serem produzidos.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/03112010/48/manchetes-terco-da-comida-voce-come.html